Nossos Núcleos

Terreiro das Pretas, Projeto Oliveira’s e EduCaErê

Tecendo redes de resistência, afeto e conhecimento no Cariri

O GRUNEC (Grupo de Valorização Negra do Cariri) atua há mais de duas décadas como um espaço coletivo de luta por justiça racial, educação crítica e valorização das identidades negras e afroindígenas. A partir da escuta ativa, da circularidade do saber e da prática da miolagem, o GRUNEC se organiza também por meio de núcleos que aprofundam ações específicas em diálogo direto com os territórios e sujeitos que compõem e sustentam o grupo. Entre esses núcleos, destacam-se o Terreiro das Pretas, o Projeto Oliveira’s e o EduCaErê — expressões vivas da diversidade, da criatividade e da potência transformadora do povo negro.

Terreiro das Pretas

Projeto Oliveira’s

Nascido no bairro Barro Branco (Crato-CE), o Projeto Oliveira’s é um núcleo de produção artística e comunicação negra, voltado para jovens negros e LGBTQIAPN+ que desejam experimentar e criar coletivamente. Desde 2020, o projeto atua como um estúdio colaborativo, espaço de circulação de saberes e de equipamentos, que estimula a produção audiovisual, fotográfica e musical como ferramentas sociais. O Oliveira’s reconta histórias do território a partir de outros enquadramentos: mais afetivos, mais justos, mais nossos. Suas ações dialogam com a memória, a oralidade e o cotidiano da juventude negra periférica, promovendo autonomia, formação técnica e criação de identidades positivas. O projeto é também um ponto de apoio para geração de renda, atuação política e valorização cultural no Cariri, fortalecendo vínculos comunitários e estimulando a invenção de novas narrativas sobre o ser negro e o viver coletivo.

EduCaErê

A importância desses núcleos na luta e na vida

Os núcleos do GRUNEC são mais do que frentes de atuação: são territórios de construção coletiva, onde se vive a luta antirracista de forma cotidiana, plural e sensível. Cada um, à sua maneira, reinventa formas de se relacionar com o saber, com o corpo, com a arte, com a espiritualidade, com o território e com o outro. Ao promover o encontro entre gerações, a escuta ativa, a circularidade e o protagonismo negro, esses núcleos criam frestas de futuro no presente, e nos lembram que resistir também é cuidar, brincar, criar e partilhar.

Eles fazem do Cariri um território onde a ancestralidade caminha com a inovação, e onde os sonhos coletivos seguem vivos, pulsando no compasso da esperança e da reexistência negra.